Antônio Carlos

Antônio Carlos

As terras que atualmente constituem o município de Antônio Carlos tinham como  primitivos habitantes os índios Puris, reunidos em um pequeno povoado localizado nas cabeceiras do Rio das Mortes, região a que chamavam de Borda do Campo.

No início do século XVIII, Minas Gerais fervilhava com a descoberta das minas de ouro, diamantes, esmeraldas. Necessário se fazia conduzir estas riquezas com maior segurança até a maior Coroa Portuguesa que se estabelecera no Rio de Janeiro.

Abrindo trilhas nas matas, atravessando rios, enfrentando índios, animais selvagens, chuva, frio e calor, intrépidos bandeirantes liderados pelo Cel. Domingos Rodrigues da Fonseca Leme e seu cunhado Garcia Rodrigues Pais descobriram um “Caminho Novo” que se iniciava na raiz da Serra da Mantiqueira e ligava a Capitania de Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Na Capitania das Minas, o Caminho Novo passava por Vila Real, Raposos, Itatiaia, Vila Rica, Vila do Carmo, Carijós, Carandaí, Registro Velho, Borda do Campo (Antônio Carlos), Juiz de Fora, Matias Barbosa, Simão Pereira.

O rio Paraibuna separava as duas capitanias, (RJ) e (MG) e nele fora instalado o “Primeiro Posto Fiscal”. Os bandeirantes paulistas coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme e seu cunhado capitão Garcia Rodrigues Pais vieram para esta região, onde permaneceram por algum tempo.

Mais tarde deslocando-se rumo ao nordeste, fundaram, por volta de 1728 o arraial da Igreja Nova da Borda do Campo, hoje Barbacena, que naquele empo enquadrava o município de Antônio Carlos. Como a atividade econômica principal era a agricultura, assim se explica a existência de inúmeras fazendas.

E delas, duas pertencem a figuras ligadas à Inconfidência Mineira: a Fazenda do Registro Velho e Fazenda da Borda do Campo que pertencia ao Coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, que a transferiu mais tarde a José Aires Gomes que se tornou célebre pelas conversações que ali se realizaram ao tempo da conjuração.

O povoado, em volta da estação ferroviária do Sítio fazia parte do distrito de Bias Fortes, município de Barbacena. Em 10 de outubro de 1910 a capela do Sítio foi elevada a curato, desmembrada da Matriz de Barbacena. Em 17 de dezembro de 1938 o distrito de Bias Fortes recebeu o nome do povoado que lhe pertencia, passando a chamar-se Sítio. Em 30 de abril de 1941 por provisão foi criado à freguesia.

Pela sua localização o arraial da Igreja Nova da Borda do Campo, Fundado em 1728, servia de ponto de encontro das riquezas que eram encaminhadas à coroa Portuguesa.

Riquezas estas, que passaram a atrair salteadores e bandoleiros, tais como: “Montanha e Mão de luva” que roubavam o ouro, estupravam e matavam, assustando viajantes e os comerciantes. Por isso muitos desses comerciantes e viajantes arranchavam-se na Borda do Campo (Antônio Carlos), tornando-a um local fervilhante de novas notícias, tradições e conspirações: A partir da borda do campo foram surgindo pequenos burgos com a lavoura e criação de gado leiteiro, destacando-se o distrito de “sítio” (como passou a chamar-se em 1º de janeiro de 1939).

Em 27 de dezembro de 1948 é elevado à categoria de município, com a denominação de Antônio Carlos (filho ilustre da cidade), desmembrado de Barbacena. É formado por três distritos: Curral Novo de Minas, Campolide e Sá Fortes.

O município de Antônio Carlos, situado na serra da Mantiqueira, abrigou pessoas ilustres, com o passado rico de valores culturais, como o presidente Antônio Carlos, Marechal Henrique Dufles Teixeira Lott, General José Maria de Andrada Serpa, General Antônio Carlos de Andrada Serpa e Manoel Carlos de Andrade, Carlos Pereira de Sá Fortes, (primeiro importador de gado holandês do Brasil e fundador da primeira escola de laticínios do Brasil).

Geografia Localiza-se a uma latitude 21º19’05” sul e a uma longitude 43º44’48” oeste, estando a uma altitude de 1058 metros. De acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2010, sua população é de 11.112 habitantes.[3] Possui uma área de 526,41 kMc. Hidrografia Possui vários rios importantes com o Rio das Mortes e Rio Bandeirinhas e outros e ter

em seu território a nascente do Rio Paraibuna que e muito importante.

Rodovias
• MG-135

Turismo e lazer Hoje o município oferece oportunidades para o turismo ecológico, destacando resquícios da mata atlântica, rios e lindas cachoeiras como: Cachoeira da Copasa; Cachoeira da Fazenda dos Ferais; Cachoeira D.Mariana Afonso; Cachoeira do Buraco do Bicho; *Área de preservação ambiental Fazenda Ponte Funda.
No turismo rural o município possui um grande acervo histórico representado por antigas fazendas: Fazenda Borda do Campo (Século XVII); Fazenda Gerais de Barros: (Século XVIII); Fazenda Passa-Três: (Século XVIII); Fazenda Jacutinga: (Século XVIII); Fazenda Cimodócia: (Século XVIII); Fazenda Olhos D água (hoje Hotel-Fazenda Caminho Novo); Fazenda Picumã; Fazenda Azul; Fazenda das Rosas.

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